sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Soneto: Há razão?

Ou de dia, sendo claro, belo como vais amanhecer;
Veja a lua, que puderas, antes mesmo esquecer.
É o preço da lembrança de ter que ver para poder crer:
Passam os dias e as coisas demoram a acontecer.

Não, não há nenhum significado intrínseco às minhas palavras.
Mesmo que pareça ser, tudo já são as contadas favas.
Tão profundo e importante, como o buraco que tú cavas;
Vendo o tempo acabar em meio os campo em que lavras.

Certo é que tudo não vais em coincidências, que perenes se dão.
Ou que seu medo, destrua nossos sonhos, enquanto há senão.
Leve, eu corro assustado, encolhido em sua escuridão.

Não há crítica ou certeza, mero sentimento de alegria ou pesar;
Que destrua nossa chance de algo mais se concretizar.
Veja bem, pense em meus erros, vale a pena acreditar?

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