sábado, 18 de fevereiro de 2012

Para retornos e manutenções


Eu desconfio que desconfiar não faça tanto sentido, que sem si próprio a razão para existir se torne protetora e inconveniente.

Ou precisa, eu diria. Mas, se nos escondermos em sentimentos vazios, que minam nossa estabilidade, é viver intensamente, como poderemos viver realmente?

Todos os dias você encontrará um novo alguém, ou bastará um sorriso amado, para esquecer que tudo que fizeste não faz sentido algum?

É necessário, é racional, é distante. O pesadelo do pensador é sonhar acordado, ou, distraído, perceber que viveu sonhando?

Confundimo-nos varias vezes quando alguém pergunta se está tudo bem: ora, se estou bem, importa dividir esta particularidade com o mundo?

Por que, inconscientemente, fazemos tantas perguntas? É um pleonasmo perguntar porque fazemos perguntas? Ou a pergunta é a própria resposta?

Dizem que as perguntas movem o mundo, então, pergunto: As respostas, diárias e sensatas, estagnam o mundo?

O que é o mundo? Chega, chega de perguntas, afinal nesta ansiedade matinal e intermitente que vivemos, não importa que a roda continue.

Quem gostaria que o mundo parasse, levante a mão. Percebeste? É uma ordem, não uma pergunta, mas nos leva à respostas.

Seria então, desta forma, que nossos educadores, criadores, genitores ou não, nos ordenam, para que, sem que o mundo avance, encontremos nossas respostas?

Quem sou, quem és, o que importa?

As perguntas só servem quando precisamos que o mundo avance.

Pra mim, está bom como está.

Avance mais um ano e ficará perfeito.

Quantas perguntas serão necessárias?