sexta-feira, 15 de junho de 2012

É engraçado. Começa bem, mas por que vira uma zona?


É muita coisa para processar ao mesmo instante.
É uma briga pelo motivo determinante.
É uma falsa razão constante.

Ou um pesadelo de vozes soltas altas e quentes
Ou ainda cabelos pelos e pentes
Ou por fim terra e sementes

Por que esquecem o material que corrói seu dia?
Por que não compoe alguma melodia?
Por que ser temporã e seródia?

Se três palavras valem mais do que três letras
Se nem sabem pra que servem cetras
Se um dia serão penetras

Cremos que os dias serão perfeitos em uma centena
Cremos que todos valerão toda a pena
Cremos que vale fazer uma cena

Sou pedinte mendicante caracterizado de farrapos
Sou seguinte meio e fim feito de trapos
Sou vermelho e vejo sapos

Tem certeza quando a frente se apresenta o perigo?
Tem sentido em enfrentar o seu umbigo?
Tem que confundir-se até consigo?

Passaram os tempos e virão dias de total esperança
Passaram momentos de vaga lembrança
Passaram e você não será mais criança

E se voce quiser começar a aproveitar novamente
E se voce esperar o seu exatamente
E se voce não ser simplesmente

Poderão os dias resistirem como rocha à seu favor?
Poderão os medos não irromperem em terror?
Poderão cederem ao calor?

Não se esqueça que o esquecimento é o mesmo sempre
Não aqueça o sentimento pois não rima com sempre
Não tente com sempre

Sempre será seu simples segredo sobre sua sabedoria
Sempre saíra sementes sensaboria
Sempre

Acontece que os motivos mudam como vento de manhã
Acontece como será sua relação com sua irmã
Acontece e é torta de maça

É tão legal escrever sem lógica

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Para retornos e manutenções


Eu desconfio que desconfiar não faça tanto sentido, que sem si próprio a razão para existir se torne protetora e inconveniente.

Ou precisa, eu diria. Mas, se nos escondermos em sentimentos vazios, que minam nossa estabilidade, é viver intensamente, como poderemos viver realmente?

Todos os dias você encontrará um novo alguém, ou bastará um sorriso amado, para esquecer que tudo que fizeste não faz sentido algum?

É necessário, é racional, é distante. O pesadelo do pensador é sonhar acordado, ou, distraído, perceber que viveu sonhando?

Confundimo-nos varias vezes quando alguém pergunta se está tudo bem: ora, se estou bem, importa dividir esta particularidade com o mundo?

Por que, inconscientemente, fazemos tantas perguntas? É um pleonasmo perguntar porque fazemos perguntas? Ou a pergunta é a própria resposta?

Dizem que as perguntas movem o mundo, então, pergunto: As respostas, diárias e sensatas, estagnam o mundo?

O que é o mundo? Chega, chega de perguntas, afinal nesta ansiedade matinal e intermitente que vivemos, não importa que a roda continue.

Quem gostaria que o mundo parasse, levante a mão. Percebeste? É uma ordem, não uma pergunta, mas nos leva à respostas.

Seria então, desta forma, que nossos educadores, criadores, genitores ou não, nos ordenam, para que, sem que o mundo avance, encontremos nossas respostas?

Quem sou, quem és, o que importa?

As perguntas só servem quando precisamos que o mundo avance.

Pra mim, está bom como está.

Avance mais um ano e ficará perfeito.

Quantas perguntas serão necessárias?