quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Ame!

Catorze ou Quatorze? É, realmente eu não tinha nada pra fazer ao ficar pensando nisso. Estou ficando velho, pensei.
Subitamente, eu abri a janela do meu quarto e vi que a lua, neste dia, estava meio sem graça. Até parece, que o Sol, parou de olhá-la. Sim, porque, infelizmente, era apenas isso que ele podia fazer. Esta situação, me lembrava a semelhança de minha situação. Assim, eu comecei a pensar se ela também deixaria de brilhar, se eu parasse de admirá-la.
Admiração. Parece algo distorcido, e neste devaneio, eu sabia que algo tinha que ser mudado. O fato de admirá-la, não me dava o direito de querer o mesmo. Pois, vejam só: apesar do Sol ser tão grande e brilhante, não é a Lua que o admira, pois ela recebe sua luz e não o contrário. E ele, humilde e simpático que é, mantém seu manto sobre ela, ao invés de adorar uma outra estrela em uma galáxia qualquer.
Ou, talvez ele realmente adore alguma estrela e só esteja tirando o atraso de milhões e milhões de anos afastado de sua amada, com a coitada da Luazinha.
Por sua vez, a Lua, mesmo sendo amada por tão grande ser que é o Sol, prefere refletir a luz que ele, humildemente, lhe dirige, à Terra. Terra, que já recebe a luz do Sol e, mesmo assim, aceita a luz da Lua, que vem do Sol também.
Desta forma, fica a questão: a Terra é odiosa, aponto de receber "amor" da Lua e do Sol, sem ao menos devolvê-la, ou é tão amorosa a ponto de não poder negar este amor? Por outro lado, me veio agora, a Terra reflete a luz que lhe é dada, contudo com o efeito estufa, esta luz tem ficado aqui dentro ocasionando tanto tragédia e calor.
Nesta confusão toda, eu penso o seguinte: a luz é boa, mas seu excesso está matando a Terra. Isto é, ela é realmente boa?
Espere eu não pirei. Quando gostamos de alguma coisa é boa, nós queremos sempre mais. Contudo, e quando este querer mais pode nos matar, o que fazemos?
Luz de todos aos lados, amor de todos os lados, é Lua é Sol é o fim do caminho.
Não posso esquecer do efeito estufa. Se ele tem segurado a luz aqui dentro e está matando a Terra, então não é excesso de luz o problema, mas sim sua retensão (é assim que se escreve?).
Mutatis mutandis, o problema não é o excesso de amor que pode nos matar, mas sim nossa incapacidade de distribuí-lo, pensando assim, podemos chegar ao racícionio de que, quanto mais distribuirmos amor, mais teremos. Loucura, não? Pense.


Ame, corra, implore, grite, sorria, caia, bata, surte, desabafe, cante, dance, jogue, nade, lute, sinta, viva!

Nenhum comentário:

Postar um comentário