sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Dia Perfeito (?) Siim, Siim *-*.

Claustrofobico, corrimão de quarto escuro. Eu sorrio, penso que minha dor de cabeça era um sonho. Por esta razão, eu volto a dormir, caindo eu profundo (que inútil) abismo...
Nossa, eu penso, que tristeza. Saio correndo sem mais nem porquê. E percebo que deixei as chaves da moto encima da pia do banheiro das visitas. Volto, meio cabisbaixo e cansado (por causa da correria toda), pego as chaves, jogo-as no bolso e sento no sofa da sala. Permaneço ali por um bom tempo, tempo suficiente para ela chegar e perguntar o que estou fazendo ali. Respondo que estou sentado, ela fecha a cara. Por suas costas, eu sorrio vitorioso.
Aí, como é interessante esta minha vida, dia-a-dia esta rotina estafante. Corro pra lá e pra cá. Sendo que a pressa é a maior razão de eu perder tanto tempo na minha vida. Penso que devo ter calma, pensar mais, mas quanto mais eu penso no futuro, menos vivo o presente.
E frases clichês de livros de auto-ajuda e anedotas rídiculas viam a minha mente, eu sorria e conversava com a garota que escreve fics. O que são fics meu Deus?
Eu não enxergava as letras do meu teclado, mas podia sentir meu pé amortecendo e pensei: será que na morte sentimos a mesma coisa? Se for, é até legal...
Mas não, não estava com tanto interesse na morte, logo agora que estava fazendo uma impugnação às contestações tão empolgado. Sou um advogado pensei, ou pelo menos quase. Eu amo minha profissão, sabe, parece que me encontrei.
Sofro de crise de falsa idade. Eu até agora não consigo aceitar que eu tenho vinte anos. Penso ter dezenove ainda, mas como gostaria de voltar aos seis.
Ou, aos cinco, e dar o abraço no meu pai que eu deixei de dar. E apagar as mentiras que disse, por medo de dizer a verdade. Meu Deus, eu até digo, quanto tempo mais eu vou perder. Nessa minha vontade de querer ter tudo, o que eu vou ter que abrir mão para ter?
Eu estou extremamente cansado, mas feliz. É bom sentir-se assim, mas fico preocupado com o manhã. Como diz Renato, o que eu mais queria era provar pra todo mundo, que eu não precisava provar nada pra ninguém.
Mesmo assim, acho que deveria ter provado muito coisa. Faltei com um abraço, uma palavra, um sorriso, um beijo. Por isso, tudo parece estar tão longe, tão longe que eu já me acostumei e não faço nada pra ter perto novamente.
Nunca chorei, por estas coisas, e talvez este choro tenha faltado também.
É, o dia parece estar indo bem.

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