sexta-feira, 4 de junho de 2010

Já dizia meu amigo William: "Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem luta é melhor."

É a busca pela identidade.
Não sei, mais parece uma tremenda falta de vontade;
Tudo se quer, se venera, se vai:
culpa do medo ou da ausência de verdade.

Que seja, então, sofrimento.
Porque, senão, sua luta se esvairá como um momento.
Ainda que lhe falta forças;
Saberá que em tudo há, ao menos, fundamento.

Perceba que o que vale a pena,
busca-se veementemente, mesmo que a chance seja pequena.
Vê-se, ainda que tarde, o segredo da mentira.
Que, por suas pernas curtas, lhe cai a mascara, antes que acabe a cena.

Sorria e corra, curta sua saúde;
há quem acredite que existe em você alguma, ainda que esondida, virtude.
Não confie nas mãos que lhe apoiam;
Afinal, quem conhece os motivos, dos que agem com tanta solicitude?

Critique o sentimento altivo,
sinta se não há circunstâncias que encobrem um motivo;
Verifique se existe razão para sua rispidez.
Mesmo que sua altivez, advenha de razões que mereçam cultivo.

Plante uma idéia;
grite, mas cumprimente sua platéia.
Eles merecem mais que um simples sorriso.
Mesmo que sejas o feitor de alguma epopéia.

Satisfaça aquele que te ama,
mesmo que ele não seja, sei lá, bom, que seja, na cama.
Viva este momento, quão único ele é;
pois, qual outro haverá, que o chão que acabas de limpar, o encherá de lama?

Acredite que tudo é possível,
pois sempre é possível, e mais fácil, acreditar no impossível.
Mas, lutar e conseguir lhe torna forte
e, quanto mais difícil, mais te tornará invencível.

Como dizem, por aí nos x files, eu quero acreditar.
E termino, com Vinicius, é clichê, mas eu quero te tocar:

"Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."

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