Eu desconfio que desconfiar não faça tanto sentido, que sem si próprio a razão para existir se torne protetora e inconveniente.
Ou precisa, eu diria. Mas, se nos escondermos em sentimentos vazios, que minam nossa estabilidade, é viver intensamente, como poderemos viver realmente?
Todos os dias você encontrará um novo alguém, ou bastará um sorriso amado, para esquecer que tudo que fizeste não faz sentido algum?
É necessário, é racional, é distante. O pesadelo do pensador é sonhar acordado, ou, distraído, perceber que viveu sonhando?
Confundimo-nos varias vezes quando alguém pergunta se está tudo bem: ora, se estou bem, importa dividir esta particularidade com o mundo?
Por que, inconscientemente, fazemos tantas perguntas? É um pleonasmo perguntar porque fazemos perguntas? Ou a pergunta é a própria resposta?
Dizem que as perguntas movem o mundo, então, pergunto: As respostas, diárias e sensatas, estagnam o mundo?
O que é o mundo? Chega, chega de perguntas, afinal nesta ansiedade matinal e intermitente que vivemos, não importa que a roda continue.
Quem gostaria que o mundo parasse, levante a mão. Percebeste? É uma ordem, não uma pergunta, mas nos leva à respostas.
Seria então, desta forma, que nossos educadores, criadores, genitores ou não, nos ordenam, para que, sem que o mundo avance, encontremos nossas respostas?
Quem sou, quem és, o que importa?
As perguntas só servem quando precisamos que o mundo avance.
Pra mim, está bom como está.
Avance mais um ano e ficará perfeito.
Quantas perguntas serão necessárias?
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